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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A história do WC.

A minha patroa tem 25 anos, mais coisa menos coisa, nunca trabalhou por conta de outrem. O pai abriu-lhe um supermercado, e como toda menina sonha um dia, deu-lhe as chaves para a mão e vai lá gerir aquilo. Não lhe gabo a sorte. Não digo que ela não passe dias sem dormir porque tem os fornecedores à pele. Mas alguém tem culpa disso? Não! Nem eu nem minha colegas (tudo gajas, imaginem o horror..). 
Quando a loja foi inaugurada eu estava lá, era tudo novidade, vamos ver no que isto dá.. É um supermercado em formato franchising do grupo Sonae. Se eu soubesse, ai se eu soubesse... Enfim.. 
Dizia eu que quando quando a loja foi inaugurada tudo estava dentro lei, certinho e direitinho como anda a sapatilha. Tínhamos (e temos) casas-de-banho e cacifos para empregados, só que este mudaram de local e para ela motorizar-nos a quantidade de vezes que vamos ao wc (esperemos nós não termos uma infecção urinária senão o caldo está entornado) agora temos de passar por dentro do seu escritório. Estão a imaginar o quão horrível é? Vais ao wc, toca de passar pelo escritório onde está ela e os fornecedores ou ela e a irmã-mega-estúpida-bipolar-e-mimada ou ela e a mãe às escuras a fazer zoom nas câmeras para ver se consegue nos ler os lábios e desvendar do que estamos a conversar. É horrível! Não consigo explicar como me sinto desconfortável com tamanha situação. Então há dias estava um frio de rachar, íamos nós para hora de almoço (eu e uma colega) e toca de passar pelo escritório para ir buscar as nossas malas e depois toca de passar novamente pelo escritório para sair e ir almoçar. Foi quando tudo aconteceu... Íamos na converseta, a colega a mostrar-me fotos da sobrinha, e pelos vistos, quando fechámos a porta do escritório ela não ficou bem trancada. A minha patroa como gosta de se exibir perante o público, e ainda era uns 3 fornecedores lá dentro, mandou um berro: Fechaaa a porta!!! Eu disse que íamos na converseta não disse? Para nosso azar e das outras colegas, sem culpa nenhuma, não ouvimos o tal berro. Quando regressei para a segunda parte do trabalho, cheia de vontade estão a ver? Porta trancada! Ninguém entra! Venho cá fora e pergunto: O que se passa? Não consigo entrar! A A. levou a chave com ela, diz que não está para passar frio por nossa culpa! Whattt? Então mas que merda é esta? Onde vou deixar minha mala? E as colegas: Isto é o de menos, como nós vamos para casa se temos lá a chave do carro e documentos e chave de casa? Eu: Opa, vocês não lhe disseram nada? A sério? Por vocês engolirem este tipo de merdas é que ela tem essas atitudes de criança mimada que não lembram a ninguém. É assim: Eu vou trabalhar com a mala à tira-colo (minha secção é a caixa do supermercado e ainda por cima não podemos usar cadeiras) e quando algum cliente perguntar eu explico que fomos proibidas de usar os cacifos porque ela sente frio cada vez que abrimos a porta para ir ao WC. E mais, a minha hora de saída é as 21h e se aquilo não tiver aberto chamo os bombeiros ou alguém que abra aquilo 
à força. Atitudes parvas com atitudes idiotas se pagam! Passados umas horas aparece ela e depois das minha colegas implorarem (eu não, desculpem mas não desço ao ridículo) lá ela abriu-lhes a porta! Otária devia ser o seu nome do meio, não acham?

3 comentários:

  1. Bom dia. Já pensou em fazer queixa ao ACT? Já li alguns dos seus posts...e é horrivel que o que conta se passe em 2017 num pais dito civilizado. Há leis que podem sancionar a sua patroa! Pense nisso...

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  2. Olá, já lá esteve o ACT. Pode não parecer mas o que conto aqui foi depois da multa do ACT. Antes da ida deles as coisas ainda eram mais graves.

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  3. Deve estar na hora de voltar a ter uma visitinha do ACT!

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